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Você está liderando ou apenas controlando?

Entenda o que é microgerenciamento, por que ele atrasa sua empresa e como mudar isso.


Microgerenciar é sufocar. Sufocar ideias, sufocar pessoas, sufocar resultados.


Mas antes de tudo, o que é microgerenciamento?

 

Microgerenciar é o ato de controlar excessivamente as tarefas, decisões e métodos dos membros da sua equipe. É querer saber de tudo, aprovar tudo, decidir tudo. É quando o líder deixa de focar na direção estratégica e passa a operar no detalhe operacional, geralmente por insegurança, perfeccionismo ou desconfiança.

É o clássico “deixa que eu faço” disfarçado de “quero garantir que fique bom”.

 


Exemplos práticos de microgerenciamento:

 

- Um gestor exige ser copiado em todos os e-mails, mesmo quando a equipe já tem autonomia para resolver o assunto.

  • - Uma líder revisa cada post das redes sociais antes de publicar, mesmo com profissionais qualificados no time de marketing.

  • - Um diretor aprova pessoalmente cada pequena compra de materiais ou suprimentos do escritório.

  • - Um coordenador muda o layout de uma apresentação feita por um analista, apenas por preferir outro estilo, não porque estava errado.

  • - Um dono de empresa acompanha o relógio de ponto obsessivamente, ao invés de medir resultados e entregas.


Pequenos sinais, mas com grandes consequências. Mas quais os problemas do microgerenciamento?


À primeira vista, parece zelo. Mas na prática, o microgerenciamento gera uma série de danos:

  • Desengaja e desmotiva os profissionais: ninguém gosta de ser tratado como incompetente.

    “Já que ele revisa tudo que faço, então não preciso me esforçar tanto.”


  • Causa lentidão: tudo precisa passar pelo gestor, que vira gargalo.

    “O projeto está parado porque ainda não teve tempo de aprovar o texto.”


  • Impede o crescimento da equipe: não há espaço para autonomia, iniciativa ou aprendizado.

    “Nunca consigo tomar uma decisão sozinho. Sempre recebo um 'melhor não fazer assim’.”


  • Desgasta o próprio líder: o gestor se afoga em tarefas operacionais e perde o foco do que realmente importa.

    “Não consigo pensar no futuro da empresa porque estou corrigindo planilhas o dia inteiro.”


  • Afeta a cultura da empresa: cria um ambiente de medo, onde errar é proibido. E inovar também.

    “Aqui é melhor fazer só o básico, porque qualquer coisa fora da curva vai ser reprovada.”


Empresas que crescem são lideradas por pessoas que confiam, capacitam e delegam. Não por quem controla tudo de perto.

Então, como aprender a não microgerenciar?

Parar de microgerenciar é uma decisão de maturidade e confiança. E, como toda habilidade de liderança, pode (e deve) ser desenvolvida:


  1. - Reconheça o padrão: se você sente que está sempre sobrecarregado e ninguém faz como você quer, talvez o problema não seja a equipe.

  2. - Delegue com clareza: defina o resultado esperado, não o passo a passo.

  3. - Capacite sua equipe: não adianta delegar sem preparar.

  4. - Confie no processo: aceite que os outros farão diferente de você e que isso pode ser até melhor.

  5. - Crie rituais de acompanhamento, não de controle: use reuniões de checkpoint, dashboards e feedbacks para manter o rumo sem pilotar o volante.

  6. - Mude sua métrica de sucesso: pare de medir a eficácia pelo “quanto eu faço” e comece a medir por “quanto minha equipe entrega”.

  7.  

A liderança verdadeira não se mede pelo quanto você faz, mas pelo quanto sua equipe cresce ao seu lado.

 

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Abraços,

@filipecolombo